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sábado, 29 de setembro de 2007

"Quando me amei de verdade"

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, Eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E, então, pude relaxar.

Hoje sei que isso tem nome... auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades.

Hoje sei que isso é... autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse Diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.

Hoje chamo isso de... amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar Forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.

Hoje sei que o nome disso é... respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável: pessoas , tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo.

Hoje sei que se chama... amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.

Hoje sei que isso é... simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes.

Hoje descobri a... humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.

Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.

Tudo isso é.... saber viver !

"Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas."

Charles Chaplin

CIÊNCIA E DEUS

Fato ocorrido em 1892, verdadeiro e integrante de biografia:

Um senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu lado um jovem
universitário, que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez,
lia um livro de capa preta.
Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, e estava aberta no
livro de Marcos. Sem muita cerimônia, o jovem interrompeu a leitura do
velho e perguntou: O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas
e crendices? Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus.
Estou errado? Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a
História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de
100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura
ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria
conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem
sobre tudo isso. É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas
sobre a Bíblia? Bem, respondeu o universitário, como vou descer na
próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que eu lhe
enviarei o material pelo correio com a máxima urgência. O velho então,
cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao
universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo
sentindo-se pior que uma ameba. No cartão estava escrito:
Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas
Científicas da Universidade Nacional da França.

"Um pouco de ciência, nos afasta de Deus. Muita, nos aproxima." (Louis
Pasteur)

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

For those who ask me about why I left Marsh...

Marsh & McLennan falls as broker unit CEO leaves
Mon Sep 17, 2007 11:32am EDT

NEW YORK (Reuters) - Marsh & McLennan Cos Inc (MMC.N: Quote, Profile, Research) shares fell to a 13-month low on Monday after the world's largest insurance broker ousted the chief of its biggest unit and Morgan Stanley downgraded its shares to "underweight."

Late Friday, Marsh said that Brian Storms, who was head of its insurance brokerage unit for only two years, had departed, effective immediately. The unit, which helps companies find commercial insurance, had underperformed its largest competitors, Aon Corp (AOC.N: Quote, Profile, Research) and Willis Group Holdings (WSH.N: Quote, Profile, Research).

Morgan Stanley analyst William Witt upgraded Aon to "equal-weight," or neutral, and downgraded Marsh & McLennan to "underweight."

In a research note, Witt said he expected "turbulence" at Marsh & McLennan to benefit Willis as well.

Other analysts also saw danger in the frequent management changes at Marsh & McLennan, where many key brokers have left for other firms.

"The departure of Brian Storms is a net negative," Goldman Sachs insurance analyst Thomas Cholnoky said in a note. He had already placed Marsh & McLennan on his "sell" list earlier this month.

In morning New York Stock Exchange trade, Marsh & McLennan shares were down $1.33, or 5.1 percent, at $24.85. Earlier they fell to $24.82, their lowest since August 2006.

The stock had not closed below this level since October 2004, when then-New York Attorney General Eliot Spitzer filed a civil lawsuit charging the company with receiving bribes and bid rigging.

LEVERAGED BUYOUT TALK

Investors and analysts said the shares were supported by speculation about another leveraged buyout try for the New York-based brokerage and consulting firm, which has a market capitalization of more than $16 billion.

"What happened to Storms reflects greater organizational discord, but it also opens the door to alternative financing," Morningstar analyst Bill Bergman said in an interview.

Last year, Willis Chief Executive Joseph Plumeri and Kohlberg Kravis Roberts & Co., which is among the largest private equity firms, were rumored to be considering a bid, a report that Plumeri never denied.

"But with the current credit crisis, I think the window for an leveraged buyout has passed," Keefe Bruyette & Woods analyst Clifford Gallant said in an interview.

A Marsh spokeswoman declined to comment.

Gallant said the challenge for Marsh & McLennan CEO Michael Cherkasky would be to fill Storms's post quickly, before competitors gain even more of its market share.

Marsh has struggled since the 2004 investigation, paying $850 million in 2005 to settle with Spitzer and other regulators and giving up nearly that much in annual revenue to meet their more exacting standards.

The shake-up that followed the 2004 lawsuit -- begun by Cherkasky and continued when Storms was hired in late 2005 -- led to a slew of terminations and prompted many brokers to flee to rivals such as Aon and Willis.

While the majority of Wall Street is either neutral or negative on Marsh & McLennan, the company still has supporters, including Matthew Heimermann of JPMorgan.

"Low expectations make leadership change a net neutral," he said in a note. "A Marsh insider, or former insider, could help boost moral as well as improve management's ... credibility."

(Reporting by Ed Leefeldt)

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sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Escutatória

Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma".

Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.

Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: "Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma".

Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem
misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a
fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.

Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado".

Segunda:"Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou".

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião.

Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.

Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

sábado, 18 de agosto de 2007

A Experiência Autêntica

A EXPERIÊNCIA AUTÊNTICA-18.07.2007

O mais bonito de tudo isto é que a verdadeira experiência de Deus faz a pessoa viver seu cotidiano com simplicidade, bom humor, humanismo. Nada de estranho, nem exagerado ou afetado acontece.O itinerário da espiritualidade cristã tem seis dados fundamentais, ou seja, uma experiência religiosa, quando autêntica, tem as seguintes características:

1.É uma experiência profunda. Torna-se algo inesquecível, marcante, envolvente, avassalador. A pessoa tem certeza que algo de importante, duradouro, profundo, aconteceu.

2.É uma experiência transformadora. Acontece a conversão, a mudança de vida. Mudo o modo de pensar e agir. A pessoa percebe que algo novo, transformante, aconteceu. Não sou mais a mesma pessoa, mudei, sou outra, sou diferente.
É uma experiência irradiadora. A pessoa comunica aos outros o que aconteceu. A experiência é partilhada e atinge positivamente as outras pessoas. Algo de cativante, atraente e encantador está acontecendo. Outras pessoas percebem, valorizam e crescem com a experiência partilhada que se tornou irradiante.
É uma experiência provada. Aparecem os obstáculos, as críticas, as oposições, as dúvidas. Acontece a manifestação do inimigo. Estas dificuldades, porém, não intimidam, pelo contrário, comprovam a veracidade da experiência, pois as pessoas se tornam ainda mais fortes, convictas e seguras da veracidade da experiência.
É uma experiência humanizadora. A pessoa adquire uma nova consciência, cresce, amadurece, principalmente na dimensão da responsabilidade e da fidelidade. Ela age com uma certeza interior, uma convicção firme, uma opção fundamental. É uma experiência simples. A pessoa pode ter passado por altas iluminações, mas volta ao cotidiano. Como dizem os monges: “ninguém que teve grande experiência de Deus, deixa de descascar batatinhas”. Os grandes místicos levam uma vida normal, simples. Não se acham melhores que os outros. Pelo contrário, tornam-se mais compreensivos e misericordiosos. As pessoas de Deus, não são estranhas, exageradas, complicadas, mas, ao contrário, vivem o cotidiano com amor extraordinário. Vemos, nestas seis características, os seguintes elementos: o encantamento inicial, a mudança de vida, a presença da cruz, a irradiação ou comunicação da experiência e a iluminação da vida. Geralmente, depois da experiência do encantamento, vem a provação, o deserto, a dúvida, os obstáculos. Todavia, estas provações levam para um grau maior de espiritualidade ou de iluminação."

3.É uma experiência irradiadora. A pessoa comunica aos outros o que aconteceu. A experiência é partilhada e atinge positivamente as outras pessoas. Algo de cativante, atraente e encantador está acontecendo. Outras pessoas percebem, valorizam e crescem com a experiência partilhada que se tornou irradiante.

4.É uma experiência provada. Aparecem os obstáculos, as críticas, as oposições, as dúvidas. Acontece a manifestação do inimigo. Estas dificuldades, porém, não intimidam, pelo contrário, comprovam a veracidade da experiência, pois as pessoas se tornam ainda mais fortes, convictas e seguras da veracidade da experiência.

5.É uma experiência humanizadora. A pessoa adquire uma nova consciência, cresce, amadurece, principalmente na dimensão da responsabilidade e da fidelidade. Ela age com uma certeza interior, uma convicção firme, uma opção fundamental.

6.É uma experiência simples. A pessoa pode ter passado por altas iluminações, mas volta ao cotidiano. Como dizem os monges: “ninguém que teve grande experiência de Deus, deixa de descascar batatinhas”. Os grandes místicos levam uma vida normal, simples. Não se acham melhores que os outros. Pelo contrário, tornam-se mais compreensivos e misericordiosos. As pessoas de Deus, não são estranhas, exageradas, complicadas, mas, ao contrário, vivem o cotidiano com amor extraordinário.
Vemos, nestas seis características, os seguintes elementos: o encantamento inicial, a mudança de vida, a presença da cruz, a irradiação ou comunicação da experiência e a iluminação da vida. Geralmente, depois da experiência do encantamento, vem a provação, o deserto, a dúvida, os obstáculos. Todavia, estas provações levam para um grau maior de espiritualidade ou de iluminação. O mais bonito de tudo isto é que a verdadeira experiência de Deus faz a pessoa viver seu cotidiano com simplicidade, bom humor, humanismo. Nada de estranho, nem exagerado ou afetado acontece. Tudo o que dissemos tem hoje um grande valor, porque estamos vivendo uma época de misticismos excêntricos, complicados, endeusados. Com facilidade atribui-se dons, auréolas, poderes a pessoas que, mesmo em boa fé, não estão percorrendo o caminho da verdadeira experiência cristã.

Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina
Fonte: Arquidiocese de Londrina

sábado, 11 de agosto de 2007